Bom, o assunto desta semana será nossa casa, nosso palco sagrado. Quem tem alguns anos a mais de idade deve recordar dos áureos tempos co Colosso da Lagoa, em que o estádio ficava lotado para ver e aplaudir as glórias do Canarinho na década de 90. Pois após esse bom período, o Colosso foi caindo no esquecimento com as péssimas campanhas das equipes seguintes, até ser quase abandonado no início dos anos 2000.
Quando tudo parecia perdido, eis que uma solução nunca antes imaginada toma forma. O Instituto Anglicano Barão do Rio Branco, em parceria com o Ypiranga Futebol Clube, passa a co-administrar o Colosso. A partir daí, incontáveis melhorias podem ser notadas.
Começamos pelo gramado. Atualmente, é tido como um dos melhores do interior, tendo inclusive sendo escolhido pela FGF como sede do Gre-Nal nos dois últimos anos. Os vestiários tiveram uma boa melhora, e agora abrigam visitantes com igual qualidade.
As arquibancadas e cadeiras receberam tratamento especial, com novas pinturas inclusive. Até tribunas de honra foram instalados no estádio. Graças a uma parceria que tinha tudo para dar certo, e se confirmou. Hoje o Ypiranga volta a figurar entre os grandes, para delírio do seu fiel torcedor, e a cada ano se consolida mais como uma das forças do interior. Uma prova de que um bom time pode sim começar pela infra-estrutura do clube.
Camiseta e Identidade
Bom, a partir de hoje, sempre aos domingos, estarei aqui com vocês trocando idéias e opiniões sobre acontecimentos de campo e extra-campo envolvendo nosso glorioso Ypiranga Futebol Clube, clube com o qual me identifico desde criança. Alguns me conhecem de outros meios de comunicação, trabalhei em vários jornais de Erechim, e a partir de hoje, com muita alegria, assinarei digitalmente uma coluna semanal no site do Ypiranga. Sugestões serão sempre muito bem vindas, espero que gostem e, principalmente, leiam nossos textos. Estou em uma nova casa, e me sentindo muito bem, obrigado.
Até domingo que vem.
Rogério Vargas
CAMISETAS E IDENTIDADES
Bom, nada me incomoda mais do que ir ao Colosso da Lagoa, em dia de jogo do Ypiranga contra, por exemplo, um Caxias da vida, e na arquibancada olhar camisetas de tudo que é time existente na face da terra: Internacional, Grêmio, Atlântico, Real Madrid, Milan, Unidos do não sei o que, Atlético de não sei aonde.
Me pergunto se estou em jogos dessas equipes, e vejo que não, que os alienados ali são os que estão com essas camisetas. Começo a criar situações em que poderia acontecer o mesmo. Você vai num casamento de uma mulher chamada Gabriela e um homem chamado Pedro, mas vai com um cartaz escrito “felicidades Homero e Neuza”. Acredito que ficaria estranho, para não dizer absurdo, e que não seria visto com bons olhos.
Mas vamos adiante. Você está em um show de rock, com bandas típicas desse estilo musical. Mas você não está sozinho, está com sua inseparável camiseta escrita “Pagode até no sangue”. Creio que você iria se sentir constrangido ao perceber tamanha gafe, para não dizer que seria “elogiado” com palavras cultas e sensíveis sobre seu gosto musical.
Dados estes dois exemplos, que espero tenham sido claros, volto ao meu raciocínio: o que leva uma pessoa, moradora de Erechim ou arredores, cidade do nosso grandioso Ypiranga, ir ao estádio com uma dessas outras camisetas? Creio que seja no mínimo falta de bom senso, uma vez que afeta ao clube de várias maneiras. Não concorda? Terás então explicações técnicas.
Como que um clube irá cobrar uma fatia maior de dinheiro do seu patrocinador, se na hora do retorno ao mesmo, que seria nas transmissões televisivas e fotos em jornais e sites, o que aparece, em vez do seu nome, é o nome dos patrocinadores das equipes acima citadas? Ou ainda, como que um alguma empresa terá interesse em patrocinar uma equipe que não vende camisetas em uma quantia considerável, ou seja, não comercializa a sua marca?
Então, meu querido e amado torcedor, coloque sua mão na consciência antes de vestir-se para o próximo confronto. Ou então terá que engolir seu xingamento à direção por este ou aquele jogador. Pois você, que vai ao estádio com sua camisetinha de times da “moda” está ajudando a deixar o time da sua cidade mais pobre, tendo que abrir mão deste ou aquele jogador mais caro. Então, em vez de cobrar, se vista de acordo. Aí então pode cobrar. Eu até ajudo.
Até domingo que vem.
Rogério Vargas
CAMISETAS E IDENTIDADES
Bom, nada me incomoda mais do que ir ao Colosso da Lagoa, em dia de jogo do Ypiranga contra, por exemplo, um Caxias da vida, e na arquibancada olhar camisetas de tudo que é time existente na face da terra: Internacional, Grêmio, Atlântico, Real Madrid, Milan, Unidos do não sei o que, Atlético de não sei aonde.
Me pergunto se estou em jogos dessas equipes, e vejo que não, que os alienados ali são os que estão com essas camisetas. Começo a criar situações em que poderia acontecer o mesmo. Você vai num casamento de uma mulher chamada Gabriela e um homem chamado Pedro, mas vai com um cartaz escrito “felicidades Homero e Neuza”. Acredito que ficaria estranho, para não dizer absurdo, e que não seria visto com bons olhos.
Mas vamos adiante. Você está em um show de rock, com bandas típicas desse estilo musical. Mas você não está sozinho, está com sua inseparável camiseta escrita “Pagode até no sangue”. Creio que você iria se sentir constrangido ao perceber tamanha gafe, para não dizer que seria “elogiado” com palavras cultas e sensíveis sobre seu gosto musical.
Dados estes dois exemplos, que espero tenham sido claros, volto ao meu raciocínio: o que leva uma pessoa, moradora de Erechim ou arredores, cidade do nosso grandioso Ypiranga, ir ao estádio com uma dessas outras camisetas? Creio que seja no mínimo falta de bom senso, uma vez que afeta ao clube de várias maneiras. Não concorda? Terás então explicações técnicas.
Como que um clube irá cobrar uma fatia maior de dinheiro do seu patrocinador, se na hora do retorno ao mesmo, que seria nas transmissões televisivas e fotos em jornais e sites, o que aparece, em vez do seu nome, é o nome dos patrocinadores das equipes acima citadas? Ou ainda, como que um alguma empresa terá interesse em patrocinar uma equipe que não vende camisetas em uma quantia considerável, ou seja, não comercializa a sua marca?
Então, meu querido e amado torcedor, coloque sua mão na consciência antes de vestir-se para o próximo confronto. Ou então terá que engolir seu xingamento à direção por este ou aquele jogador. Pois você, que vai ao estádio com sua camisetinha de times da “moda” está ajudando a deixar o time da sua cidade mais pobre, tendo que abrir mão deste ou aquele jogador mais caro. Então, em vez de cobrar, se vista de acordo. Aí então pode cobrar. Eu até ajudo.
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